Muito prazer, sou o Dr. Marcelo Cerqueira, urologista especializado em Andrologia e Endourologia (tratamento pouco invasivo). Essas áreas tratam patologias e necessidades como disfunção erétil, estética peniana, infertilidade, dentre outras.
Em condições que levam um homem ao quadro de dificuldade de atingir uma ereção, especialmente aqueles com múltiplas comorbidades, como diabetes e tabagismo, além de pacientes que foram submetidos a cirurgias para tratamento de câncer de próstata, o uso de diversas medicações, tanto comprimidos como injetáveis, podem não ser suficientes.
Nestes casos, constatada então a falha ou falta de adaptação do paciente aos demais tratamentos, o implante de prótese peniana se faz indicado.
Desde seus primórdios na década de 1970, tanto a técnica operatória, os conceitos e os cuidados no ato operatório, bem como a qualidade do material que compõem as próteses melhoraram muito, tornando o processo seguro e bastante eficaz.
Existem dois tipos de próteses, sendo a escolha uma prerrogativa do paciente com seu urologista.
Em ambas, o princípio técnico é o alojamento, através de acesso cirúrgico variado, de uma espécie de haste no interior do corpo cavernoso do pênis.
As próteses semirrígidas ou maleáveis têm consistência firme, algo dobrável para ajuste de posição, composta de silicone e implantada em par, uma vez que temos dois corpos cavernosos no pênis. Como vantagem destacam-se a mais fácil aplicabilidade, menos complicações, maior experiência da imensa maioria dos urologistas, além de custos eventuais mais acessíveis.
Como desvantagem pontuamos uma mudança estética permanente no paciente, que permanecerá em estado de ereção constante.
As próteses infláveis são compostas de um par de cilindros ocos que se enchem de líquidos quando o sistema é ativado, conectados a mais dois dispositivos: um reservatório que armazenará esse líquido, alojado em regiões específicas do abdome, além de um pump ou bomba, dispositivo que é efetivamente manipulado e que promoverá a transferência do líquido do reservatório aos cilindros durante a ereção, com o caminho de volta ao fim das relações sexuais.
Estas simulam melhor a ereção normal, permitindo a permanência do estado de flacidez quando não estiver praticando o ato sexual.
Como desvantagens destaca-se a complexidade do ato cirúrgico, com consequente maior possibilidade de eventuais complicações, bem como a demanda por destreza manual para manipulação correta dos dispositivos, além do elevado custo.
Mais antiga que os comprimidos usados para tratar dificuldade de ereção, a injeção de determinadas substâncias, ainda que normalmente não seja a primeira opção de tratamento, representa uma excelente alternativa para aqueles pacientes que não respondem às diversas drogas orais existentes.
Consiste na injeção de uma ou mais substâncias diretamente no pênis, através da introdução de uma pequena agulha, em pequenas quantidades, promovendo uma dilatação imediata dos vasos sanguíneos chamado de capilares, com consequente represamento transitório do sangue dentro dos corpos cavernosos, levando ao estado de ereção.
Diversas são as substâncias e as formulações propostas. Cada caso deve ser individualizado e paciente deve procurar o tratamento específico indicado por seu urologista. O uso é feito por demanda, ou seja, aplicado minutos antes do início o ato sexual. A duração é variável, de acordo com a dose aplicada, mas em média duas a três horas depois da aplicação o pênis começa a retornar ao estado de flacidez.
As limitações para o uso das injeções intracavernosas são basicamente todas aquelas que dificultem ou impeçam o paciente de fazer a aplicação sozinho ou com ajuda da parceria.
Quando bem orientado, praticamente qualquer homem com dificuldade de ereção que não responda ou não possa usar os comprimidos orais é candidato a usar a terapia intracavernosa.
A complicação mais temida, desde sempre, é o priapismo, ou seja, um efeito exagerado da medicação promovendo ereção prolongada e dolorosa. Nos raros casos que isto acontece, o paciente deve procurar uma unidade de emergência para ser submetido ao tratamento específico por um urologista.
Este risco é mitigado através da seleção criteriosa dos pacientes pelo urologista, no tocante a indicação, fórmula e dose proposta.
Outra condição ainda mais incomum é o desenvolvimento de uma região cicatricial, chamada de placa, que pode se formar cronicamente no local das aplicações. Esta situação é prevenida com a alternância no local da aplicação da injeção.
Com a idade, é esperado que os níveis sanguíneos hormonais, especificamente da testosterona, possam decair com o tempo.
Em uma parte destes homens, esta deficiência progressiva pode causar sintomas como fraqueza, sonolência, desânimo, perda de musculatura e impacto na libido e nas ereções.
Nem todo homem precisará de reposição de hormônio. O diagnóstico deve ser acompanhado pelo urologista, que avaliará a real indicação a proposta do tratamento.
Outrora pouco conhecida e subdiagnosticada, por vezes atribuída a diversos efeitos deletérios, a terapia de reposição de testosterona, tem ganhado espaço tanto na literatura médica quanto nos veículos de informação geral.
Quando bem indicada, seguida de preceitos médicos e científicos, pode trazer inúmeros benefícios aos homens que realmente necessitem corrigir esta falha da produção deste hormônio.
Existem diversos formatos de terapia de reposição de testosterona, e cada caso deve ser individualizado para cada paciente, ponderando-se sobre vantagens, desvantagens e eventuais efeitos colaterais indesejados, bem como a estratégia a ser adotada na prescrição e no seguimento.
À medida que os homens envelhecem, é esperado que os níveis de testosterona no sangue reduzam gradativamente, sendo que uma parcela dos homens apresentará consequências clínicas desta deficiência progressiva.
Este declínio via de regra inicia-se após os 50 anos, porém nem todos os homens precisarão de algum tipo de reposição da testosterona.
Tem sido cada vez mais frequente a demanda de pacientes jovens em busca da realização de reposição de testosterona e outros hormônios.
Seja pela busca dos efeitos clínicos positivos proporcionado pelo aporte deste hormônio, especialmente na esfera de musculatura, seja por queixas inespecíficas como impacto na libido, é comum que muitos homens jovens atribuam ä testosterona a solução dos seus problemas.
Ainda que nos últimos anos a incidência de pacientes jovens com deficiência real de testosterona tenha aumentado, muito provavelmente devido a uma de muitas sequelas da pandemia de Covid-19, é importante ser frisado que esta é uma condição de exceção, sendo que nenhuma espécie de reposição de hormônio deva ser usada sem uma supervisão médica especializada, em especial um(a) endocrinologista ou urologista.
O uso de testosterona em pacientes jovens, sem indicação médica bem determinada, leva a consequências muitas vezes desconhecidas porém quase que inexoráveis, como infertilidade e dependência da própria medicação por toda a vida.
Experiência de mais de duas décadas de prática urológica em serviços de referência.
Atuação em múltiplas áreas da urologia, com formação ampla e abrangente.
Urologia moderna, incorporando todas as mais novas tecnologias disponíveis
Trabalho em equipe com profissionais de alto nível técnico.
Atendimento individualizado com assistência plena e disponibilidade constante.
Participação ativa na organização dos eventos científicos da Sociedade Brasileira de Urologia, corroborando a atualização constante.
Perguntas e Respostas
Basicamente as primeiras estratégias de tratamento para a disfunção erétil são estabelecidas já na primeira consulta, uma vez que a parte mais importante da investigação está na anamnese, ou seja, na entrevista inicial. Determinar comportamento, fatores de risco, questões comportamentais, estilo de vida, etc. Tudo isso vem a ter tão ou mais relevância que qualquer exame complementar.
exames auxiliarão na condição do diagnóstico e tratamento
Especialmente em paciente com mais de cinquenta anos, podemos identificar pacientes com mais possibilidades e mais riscos de apresentarem deficiência de testosterona. Indisposição generalizada, sonolência inexplicada principalmente ao fim do dia, perda de força muscular e de performance física, irritabilidade, dificuldade de concentração, ganho de peso, impacto na libido e na ereção, dentro outros, são os sintomas sugestivos. No entanto é importante frisar que nenhum destes é específico para este diagnóstico, sendo imperioso que o urologista complemente a investigação para se determinar com segurança qual o tratamento a ser instituído para cada pessoa.
Lançados no mercado desde 1998, os comprimidos para tratamento da ereção causaram grandes mudanças positivas na abordagem de pacientes que sofrem de dificuldade de ereção. No entanto o tratamento desta disfunção existe há muitas décadas, e alguns tratamentos ainda são indicados, especialmente em pacientes que, por diversas circunstâncias, não respondem aos comprimidos. Terapia com injeção intracavernosa, bombas de sucção a vácuo, ondas de choque de baixa intensidade e implantes de próteses penianas são, dentre outras, alternativas que vão além dos comprimidos.
Eis uma condição que maltrata o homem, por vezes pouco valorizada. Culpa, perda de confiança, ansiedade e depressão podem acompanhar o ejaculador precoce (melhor nominado ejaculador rápido), principalmente quando não tratados.
Muito se estudou, ao longo dos anos, para se entender a ejaculação rápida enquanto doença. Não temos muitos avanços no diagnóstico, sendo ainda a entrevista clínica a única e principal ferramenta diagnóstica nesta abordagem. E respondendo a pergunta, a imensa maioria daqueles que sofrem desta condição dependerão, de alguma forma, de manter o tratamento para fins de controle dos sintomas, uma vez que quase sempre se trata de uma condição conformacional. No entanto, muitos evoluem com melhora plena a ponto de dispensar tratamentos futuros contínuos, sendo o acompanhamento urológico determinante para se estabelecer a estratégia mais adequada.
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